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Mazorca d' Assuntos
Sou talvez um animal selvagem , uma espécie de "mustang" humano, talvez isso fascine algumas pessoas que vivem aprisionadas na sua rotina , que têm medo de sentir a brisa do mar com medo de se constiparem , que não arriscam o desconhecido quando se sentem seguros com o que já conhecem !
Esse fascínio cria por vezes uma atracção , tal como dois pólos do íman. No entanto quando um ser acomodado se apaixona pelo animal selvagem não consegue contrariar os seus próprios instintos para correr atrás dele , esse ser simplesmente o tenta prender, cerca-lo e doma-lo , julga ser a melhor forma de o possuir
Mas rapidamente percebe que aquele bicho , agora domado já não é o mesmo , deixou de ser quem para se tornar um entre os outros , perde toda a essência!
No entanto , no dia em que lhe abrir a cerca ele fugirá , fugirá para bem longe , e ficará para sempre vigilante , com medo de voltar a ser aprisionado!
"O que prende o gado nao é a cerca e sim o pasto"
As palavras já estão todas inventadas , a forma de as juntar e tentar passar uma ideia é que define quem sabe ou não escrever.
Por vezes por mais que tente não consigo transmitir tudo o que quero, falta-me a habilidade ou astúcia , ou é simplesmente falta de vocação , é nestas alturas que percebemos que outras pessoas escreveram exactamente o que sentimos da forma que nós mesmos gostaríamos de fazer.
Assim ... hoje partilho a letra de uma musica que toda a gente conhece , mas por mais que passe nunca deixa de fazer sentido !
"Toda a gente sabe que os homens são brutos
Que deixam camas por fazer
E coisas por dizer
Muito pouco astutos, muito pouco astutos
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Toda a gente sabe que os homens são feios
Deixam conversas por acabar
E roupa por apanhar
Vêm com rodeios, vêm com rodeios
Toda a gente sabe que os homens são feios
Mas os maridos das outras não,
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação
Dóceis criaturas
De outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes
As amigas da mulher
Tudo o que os homens não
(Tudo o que os homens não)
Os maridos das outras são
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Gostam de músicas que ninguém gosta
Nunca deixam a mesa posta
Abaixo de bicho, abaixo de bicho
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Toda a gente sabe que os homens são animais
Que cheiram muito a vinho
E nunca sabem o caminho
Na na na na na, na na na na na
Toda a gente sabe que os homens são animais
Mas os maridos das outras não,
Porque os maridos das outras são
O arquétipo da perfeição
O pináculo da criação
Dóceis criaturas
De outra espécie qualquer
Que servem para fazer felizes
As amigas da mulher
Tudo o que os homens não
(Tudo o que os homens não)
Os maridos das outras são"
O teu olhar denunciou-te, aquele mesmo que antes brilhava mesmo quando aparentemente não tinha motivo , aquele que irradiava toda a alegria que transbordava por todos os poros do teu corpo.
Agora a tristeza apoderou-se dele, parece olhar apenas para o infinito, sem qualquer emoção.
Talvez seja a lei natural da vida a tomar seu rumo,ofuscando-o, talvez tenha ficado em algum lugar, aprisionado para sempre sem que nada o consiga soltar .
Só sei , olhar , que eras tudo o que tinha !
Sou um caminhante , caminho na penumbra, numa quimera sem fim, alimentada pelo desejo de conhecer o alvorecer.
Sou um viajante , viajo na esperança de ver o brilho do Sol, alimento-me das experiencias e amizades que adquiro neste percurso.
Sou um sonhador, acredito que um dia consigo encontrar o que procuro, que posso desfrutar dos quentes dias de verão, imagino o calor aquecer suavemente minha pele, e aos poucos chegar ao meu coração, é uma sensação tão forte que quase a sinto , quase parece real ...Tão real que afugenta os meus medos, fortalecendo-me quando as sombras me assustam , dando novo alento quando a dúvida começa a ganhar força e iluminando o caminho nos momentos de maior incerteza .
Sou um lutador, quando as forças me faltam , a fé deixa de se fazer sentir , lembro-me que é a caminhar que se faz o caminho, não adianta olhar para trás, não quero percorrer novamente o mesmo trilho , nada de novo trará , a saída deste labirinto é para a frente.
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